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segunda-feira, 23 de julho de 2012

Caro leitor.

Deixemo-nos de formalidades, sinto alguma confiança entre nós. Sim, estou a  falar consigo caro leitor, não revire a sua cabeça 180º procurando outro responsável e principalmente não se deixe constranger pelo curto embaraço que acaba de passar ao ler isto, o mesmo que eu passei ao escrevê-lo. 

Sei que não saímos os dois a sós, não lhe paguei o tradicional café acompanhado de açúcar ou adoçante como preferir, talvez com pau de canela, sem esquecer a típica nata e os dois naturais dedos de conversa. O sol bate-nos e apreciamos a brisa originada pela cinética da vida, que por vezes nos obriga a perder o olho ao raciocínio, deixando uma conversa sem fim à vista, fugir-nos da vista. O tempo vai passando, não nos vemos. Constato que algo está a acontecer, não temos a necessidade um do outro ou nem nos lembramos o quão necessitamos um do outro. É a azáfama da vida, faz-nos esquecer. O sorriso nunca trocado é defeituoso, porque é imaginado, raios. Não existe. O viver partilhado nunca vivido também defeituoso o é, porque não pertence a nenhum tempo definido pela nossa existência. (passado, presente e futuro)  
Só o vejo no tempo que defino e chamo de sonho, aquele que em segredo todos gostaríamos de viver. 

Uma coisa é certa: 

- Planeado por nós, não foi. 

Nenhum de nós tentou chegar a horas porque não havia hora marcada. Dificuldade em encontrar o sítio também não existiu, não havia sítio.

É apenas fortuito encontro aleatório, aquilo que partilho consigo quer esteja nos EUA, Alemanha, Portugal ou Luxemburgo.   

Não tenhamos muita esperança que daqui iremos retirar uma grande relação e que singraremos juntos. Sejamos realistas, contentemo-nos com o que temos. 

A garantia que silêncios constrangedores entre nós nunca existirão.

Abraço


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