Deixemo-nos de formalidades, sinto alguma
confiança entre nós. Sim, estou a falar consigo caro leitor, não revire a
sua cabeça 180º procurando outro responsável e principalmente não se deixe
constranger pelo curto embaraço que acaba de passar ao ler isto, o mesmo que eu
passei ao escrevê-lo.
Sei que não saímos os dois a sós, não lhe paguei
o tradicional café acompanhado de açúcar ou adoçante como preferir, talvez com
pau de canela, sem esquecer a típica nata e os dois naturais dedos de conversa.
O sol bate-nos e apreciamos a brisa originada pela cinética da vida, que por
vezes nos obriga a perder o olho ao raciocínio, deixando uma conversa sem fim à
vista, fugir-nos da vista. O tempo vai passando, não nos vemos. Constato que
algo está a acontecer, não temos a necessidade um do outro ou nem nos lembramos
o quão necessitamos um do outro. É a azáfama da vida, faz-nos esquecer. O
sorriso nunca trocado é defeituoso, porque é imaginado, raios. Não existe. O
viver partilhado nunca vivido também defeituoso o é, porque não pertence a
nenhum tempo definido pela nossa existência. (passado, presente e futuro)
Só o vejo no tempo que defino e chamo de sonho,
aquele que em segredo todos gostaríamos de viver.
Uma coisa é certa:
- Planeado por nós, não foi.
Nenhum de nós tentou chegar a horas porque não
havia hora marcada. Dificuldade em encontrar o sítio também não existiu, não
havia sítio.
É apenas fortuito encontro aleatório, aquilo que
partilho consigo quer esteja nos EUA, Alemanha, Portugal ou Luxemburgo.
Não tenhamos muita esperança que daqui iremos
retirar uma grande relação e que singraremos juntos. Sejamos realistas,
contentemo-nos com o que temos.
A garantia que silêncios constrangedores entre
nós nunca existirão.
Abraço
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