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quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Como elas voam...

Arranquei uma folha
Dei-lhe liberdade
Era branca
Nada tinha de saudade.

Diga-se de passagem, agarrei-a. Ela se ergueu
Vontade de voar havia porém não a queria largar
O tempo passou, agarrando-a, questionei:
- Onde vais?

Sem hesitação:
- Vou onde as brisas incertas me levarem
Irei parar quando elas se esgotarem.

Confuso e inconformado, larguei-a.
Esperei, não voltou
Não sei por onde ficou.

Caí em mim, tinha agarrado a errada.

"- Larguei-a
Ventos a levaram
Talvez não a voltarei a ver...
Contento-me com as que ficaram.

São e eram todas brancas
O que as distinguia era a minha vontade de as ter
Aquela?
Larguei-a por querer."

Distração

Não lhe digo não
Sei que faz-me não viver o dever, de conhecimento obter ...

Permite-me vaguear
No ar de quem quer estimular
Trespassar na insinuação de quem pensa, sem sequer olhar.

Mentes de pensamento generalizado
Já não é como quem preenche um quadro, ninguém se pergunta:
Não estará isto errado!?
Não serei eu apenas mais irado?
Com um fado que me faz cair para o lado

Virose de conhecer
Onde quem não quer
Morre!
Por não padecer
Desta doença que toda a gente devia querer

Existindo desertores de conhecimento
Que de tão pouco saberem
Morrem cedo, nem souberam apreciar o momento.
Por não saber, como o fazer.
Uma das coisas que tinham recusado, foi o conhecimento que lhes permitiria viver.


Coisa simples, passou.