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segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Portugal que quem conhece, desconhece.

Inglória esta vida.

De um dia para o outro tudo se transforma em grau de areia incaracterístico, moldam-no à medida que passam, deixam profundo, mais ou menos consoante a força de cada um. Vemos realidades que desconhecíamos, confrontamos realidades que nunca antes nossos olhos puseram vista e pensamos puder mudar o mundo. É o poder de quem pode sonhar, a somar dentro de cada um de nós, é força e convicção de que com a nossa presença os rumos mudos por onde a decadência humana por vezes passa possam ser falados em becos de poder. É um olhar para um humano aleatório e dizer-lhe, hoje seja diferente, mude o mundo, quanto mais não seja o seu. É ter medo do individualismo, é ser mais um e é ser Portugal.

Local do mundo, onde quem conhece simplesmente desconhece porque a trivialidade da vida e o azar nunca lhe bateu à porta, como o embriagado deixa quebrar o seu último copo, como o pobre come a última migalha e como o agricultor vê as suas sementes sem vida em terreno árido.

Nunca ninguém disse que aqui seria fácil mas com gente desta, estaremos constantemente na beira de um precipício com vontade de saltar. Quanto mais não seja para ultrapassar esta fronteira.

O Portugal que quem conhece desconhece, é aquele do qual ninguém falar.

Sim, és hipócrita.