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sábado, 25 de maio de 2013

Praia


Ludibrio o tempo, olhando em volta procurando escassez de vontade. Noto no ferro ferrugento quente e vejo-me a ficar refém da espera que me proponho no presente. 
Volvido em pensamento auguro que esta vontade não passe, agarrando cevada fresca. Sinto o calor que me faz refém em sítio tão simples. Escapa-me ao olhar uma passagem fortuita, obrigando-me a ficar pela pedra que tapou e alimento-me com o que poderia ser. Ouço o som característico de quem vai e vem naquela imensidão de existência, burburinho e agitação que tiram relaxamento à razão. Agarro em aglomerado de pedra curta que assim não fere e sinto as sensações de algo que se adapta a mim sem pedir. Vou de medo à prova mas revigorado venho, com a vontade de voltar pois bocados de mim por lá começam a cair, com aglomerado nos pés de repente sinto ferimento de vontade, é mau mas bom, dado que sou, seu refém de pensamento. 

Já lá bem no final, sem brio apenas com frio dou por um mais tarde terminado e olhando uma nuvem, sentindo o vento mais o levantar da escuridão. 
Lembro-me, que a bela praia acabou.

Por hoje.