Interessados

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Pequeno Pensamento, o primeiro.

Boa noite.


Acordei com vontade de tornar a minha torradeira num defesa esquerdo, entretanto a realidade caíu em mim. Descobri que não era o Jorge Jesus.

Cumprimentos aos interessados. 




quarta-feira, 15 de agosto de 2012

A estupidez do palavreado português (1)


Quem espera sempre alcança.

Acho que não é bem assim. Até tive que pensar pouco nisto.

Se eu esperar para passar para  o outro lado da rua, onde está aquilo que tenciono alcançar, dificilmente o meu esperar me fará alcançar o que se encontra no outro lado da rua. Essencialmente porque vou ficar no mesmo sítio e a outra coisa também, não se podendo alcançar uma à outra.

Queres um conselho?

Mexe-te, porra!

Acabando com um devaneio frásico curto (DFC) de minha autoria:

- O segredo está em quem acreditar. Não acredites na sociedade, acredita em ti.


Cumprimentos aos interessados.



Empurrão com pouca força.

Boa noite. 


- Ups, com licença.

- Deixem passar, por favor.

- Estou com pressa.

- Sai da frente, caral*#*#! 

- Posso? (É raro a pessoa fazer esta pergunta oralmente. Estou a referir-me ao que me dizem os olhos delas. Estão especadas a deduzir que não tem espaço para passar, julgam que eu tenho olhos nas costas ou na testa, então esperam que lhes seja oferecido espaço de forma involuntária.)

Isto tudo, exclamam as pessoas que por alguma razão se encontram apressadas. A culpa de tal pressa até pode ser de um atraso que apenas a elas lhes pertence mesmo assim insistem que outro o sinta. Gosto da parte do com licença. Retira alguma intensidade ao encosto e dá-lhe um ar mais requintado. Apesar de um encosto ser sempre um encosto, aqui não se fazem distinções de acordo com a técnica ou local onde se sucede tal fenómeno. Só que vou tentar, não me parece má ideia fazê-lo. 

No futebol, temos o encosto de ombro, em Portugal é falta. Nos outros países é encosto de ombro. 

Na discoteca, encosto moderado com as mãos acompanhados com gritos intensos e por mais que grites ninguém te ouve. No máximo pensarão que estás um pouco out porque a forma como curtes a música não é comum.

Numa avenida movimentada, não existe quase nenhuma forma estipulada de passagem. De qualquer forma muito gente parece uma verdadeira cobra a fazer uns quantos s's e z's, em pleno passeio. 

Nas filas em geral a situação é mais esclarecida. São ligeiros empurrões de incentivo para ajudar a pessoa da frente a deslocar-se, independentemente de não existir espaço. Não passa de uma provocação, digo eu. Que empurro.

Tudo isto, para chegar à conclusão que a largada de Paio Pires onde o touro manda um encontrão numa mulher embriagada não é nada, comparado com o encontrão do Luisão a um arbitro com medo de brasileiros.

Quem devia ser suspenso era o touro, agora deixo-vos no ar a minha dúvida ...

Qual deles?

Cumprimentos aos interessados.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Inconsequentemente, se estragou mais um estilo musical.

Boa noite.

Via com um futuro radioso os estilos musicais caribe e kuduro. Até hoje. A minha esperança de voar ao som destas músicas mais um tempo acabou. Como se não bastasse, foi num precipício que acaba num terreno árido e seco que me faz constatar que a falta de algo que alguém tem ou o excesso desse respetivo algo, talvez tempo livre e pouca utilidade para a forma como o utiliza. É perigoso.

Acabei sendo surpreendido com empreendedores de ideias com recursos que se decidiram aventurar na gandaia deste estilo musical, por sua conta e risco. Estranhamente no mercado português, utilizando uma linguagem que aparenta ser um português com nuances espanholas, acabando com um caliente pornográfico de promessa de vida louca. Digno, de uma coisa inter-racial, diga-se de passagem. 

Não era óbvio que se concretizasse uma asneira tão grande, apesar de toda a gente falar da enorme concorrência neste tipo de música. Eu tinha esperança, pelo menos que os autores estivessem quietos no seu canto. 
Não questiono a qualidade apenas constato que talvez não exista. Os cantores populares de ritmos minimamente audíveis e populares para o mais pequeno português ordinário devem sentir-se indignados.

Mesmo assim não deixo de salientar, que existiu uma notável tentativa de apostar numa letra de grande complexidade, tentiva essa que foi furada.

Louvemos quem tenta. É pena, que por este caminho vejo o futuro destes estilos musicais, deixar as suas naturais raízes bastantes seminuas enveredar num caminho de êxito puramente comercial, ausentando-se da qualidade intemporal que em tempos este estilo musical teve. 

E eu que na verdade nem gosto deste estilo de música. 

Só que, vozes de um pensamento irrefletido e infundado, sendo apenas caracterizado por um profundo vazio, na minha consciência pensante não passam de mero ruído.

Quando vi tanto ruído, não consegui ficar calado.


Cumprimentos aos interessados.

Ai que vida louca! (ruído)

terça-feira, 7 de agosto de 2012

O agradecimento.


O agradecimento
É por vezes um mero momento
Baseado em satisfação e em simplicidade absoluta
Atingindo apenas a sua origem
Quando temos uma disputa
Que vive de dois seres de luta

Um quer o agradecer do outro
O outro procura o agradecer do um
Mas lá no fundo ambos sabem bem o que verdadeiramente querem:
Apenas se querem um ao outro e não querem saber de mais nenhum.
Porque o que verdadeiro desejo já tinham obtido, tornarem-se um.  
                                                                                      
Xavier Vieira

O que é o amor?

Boa noite. 

Que raio de pergunta a que tento dar resposta, hoje. 

Sinto toda a falta de convicção que vou encontrar uma resposta. Penso que cada um tem a sua. Cada um vê as coisas pelo que elas são a seus olhos e não pelo que as coisas são em si mesmas. Falta-lhe objetividade e ainda somos catapultados para um ambiente de perfeição e complementaridade, que sorrateiramente nos dá a ilusão de estarmos a viver infinitos perfeitos, ignorando assim a indeterminação lógica que estamos a viver. Ilógica, é o amor. Não é esta a resposta que procuro. Quero outra! Pego de repente no companheirismo, no sorte partilhada, no tempo gasto com prazer, na esperança de algo melhor e na ausência de dor apesar de todo o amor não existir sem a presença dela. Amor que é amor, tem associado a si a dor que é viver com amor. Não é dor de aleijar, é dor de amar.

Confuso? Antes pelo contrário, sem conjeturar muito e esmiuçar todas as questões...

Chego à conclusão que me preenche.

O que é o amor? 

- Não é algo que se pense.


Cumprimentos aos interessados.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Heróis


Algo acontece naqueles que vivem
No fundo é uma lógica nativa
Que nos atravessa sem termos noção
Quando nos apercebemos, é tarde demais!
É uma clara contradição.

Este tempo, contempla os defeitos e as qualidades
Nem sempre na mesma proporção
E quando me recuo
Lembro-me daqueles que muitas vezes me deixaram a nu, sem coração.
Apenas limitado à palma da minha mão.

A vida é tendenciosamente uma cavaqueira burlesca
Prazer, ódio, paixão e gula.
Mas quando olho à minha volta
Infelizmente na maioria das vezes, apenas vejo uma depressão que perdura.

Pode ser uma proposta vazia, na sua génese
Que se vai preenchendo à medida que a linha temporal se constrói
Com as suas limitações, é claro. Principalmente devido aos desencorajados.
Apesar de tudo isto, aquilo que permanece e não desvanece
Serão sempre os que comigo, serão levados.


Xavier Vieira


(Des)Euforia

Boa noite. 

Aproveitando a boleia de quem se dirigiu a Londres para fazer algo, deduzi que não teria longas férias no estrangeiro e que sairia do avião na primeira ronda, rumo a casa. O meu estado de euforia fazia-me lembrar os velhos tempos áureos de esperança eterna numa entidade transportadora aérea, que me levaria a outros destinos. Permitir-me-ia ausentar-me daquele que estado de (des)euforia que se vivia no país da cauda pomposa da velha Europa. Dentro do avião olhava para o afastamento com alívio e ansiedade. Sabia o que estava a deixar para trás, problemas, dívidas, pessoas e até a vontade de voltar. Tudo ficava naquele pequeno armazém que tinha alugado, provavelmente roubado por larápios que andavam a rondar a zona há 15 dias. Olhavam-me de lado, porque aparentava ser mais um fugitivo. Retribuía o olhar porque me pareciam omnipresentes no que toca a olhar para o meu armazém. Tínhamos uma coisa em comum, apenas essa. A vontade de fugir. Só que eu ao contrário deles, tinha bilhete. Existia trabalho, consistência, esforço e regularidade. Eles continuavam com a filosofia de ser pessoas com um conjunto de oportunidades, nem que fossem aquelas de saquear a mala ao virar da esquina ou de esticão de mão por ouro.

Bem aproveitadas e no meio de tanto atrapalho, algumas escapavam ao Inspetor. Sem esquecer o processo encravado que lhe dará mais tempo para surgirem outras oportunidades. 

No meio de tanto (des)euro, (des)coerência, (des)folhear e de (des)fragmento. 

Decidi  ir embora, deixando um recado aos larápios:

-  Homem de negócio, não é aquele que espera o telefonema. É o que liga.

De certa forma, liguei-lhes. (tinha deixado a chave do armazém na fechadura)

Disse, com prazer: 

- Negócio Fechado. 


Cumprimentos aos interessados.