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sábado, 9 de março de 2013

O estado da sorte

Boa noite,

Depois de um tempo ausente não consigo deixar de reparar na sorte que tenho de ter ganho novamente vontade para escrever no meu blog. É uma grande frase feita e tudo isto seria bonito se eu não tivesse descoberto de forma bruta que afinal agora até a sorte tem impostos associados.
Pensei logo, como vou justificar esta sorte perante as finanças?
Pois, não vou. Como português que sou tentei fazer de outra forma, pensei que tivesse sido uma ideia de génio mas não passou de uma verdadeira parvoíce.
Lá declarei que azar que tive de voltar a escrever no meu blog e quando vou a fazer as contas aquilo que receberia nem daria para ir buscar ao sítio correto o que supostamente iria receber por tanto azar.

Parecia tentado ao falhanço e a desistência de tentar atribuir sorte ou azar ao meu estado atual estava a tornar-se uma missão intragável, até que cheguei a uma conclusão e tomei uma atitude que me deixou completamente isento de responsabilidade. Sim, foi como se faz na política. Passo a citar em baixo:

- Declaro que estou a escrever no meu blog, admitindo que a minha boa sorte de ter ganho vontade para voltar a escrever se deve a Passos e Gaspar. Sem esquecer ainda que tal atitude da minha parte irá permitir a estes indivíduos de usufruir de um azar tremendo de eu estar a falar deles.

E assim se escapa, um bom português.

PS: Não sou arguido no processo face oculta.

Cumprimentos aos interessados.

Toma, princesa.

Olho o vento
Especado a sentir
Não vejo momento
Para ir...

Brisa urge
Sem fugir
Com algo para sentir

Procuro a sensação, sim...
Só que vejo um fundo escuro
Diria melhor, abatimento duro

De quem não vê o dia
Sem a presença do raio de sol
Que me ofusca os olhos
Mas me dá conforto de vida

Como o calor de abraço
Como o calor de beijo
Como o calor de olhar
Que encontrou o seu perfeito eixo

Ouço o mexer das chaves
Sem procrastinação sonora
E o seu reflexo em meus olhos brilhantes
Cegando de desejo
Por mais que queira sentir
Não te vejo!

Confuso,
Toco, toco, toco, toco...
Sem resultado.

Desistindo,
Estendo o braço
Com a mão aberta
Em valsa com os meus olhos cerrados

Sem esquecer,
o frio ferro que sinto
Deixando marca de algo que nunca passa
E garanto-vos que não minto...

Sem tempo,
A Tua mão passa em mim
Não procurava brilho...
Procurava-te a ti

Porque as chaves apenas esperavam que viesses.

Porque era a ti que queria entregar:

- Toma, princesa.

O frio de rua
Já lá ia
Tínhamos entrado, pois a chave nunca deixou de ser tua.

Xavier Vieira